Se você chegou até aqui se perguntando "O que é tarô?", "O tarô tem relação com religião?", "O tarô é pecado?", você está no lugar certo.
É normal encontrar informações contraditórias sobre o assunto, especialmente pela sua forte associação de imagem com o mundo esotérico. Embora esse lado exista, há outras possibilidades de uso do tarô.
No Brasil, ele enfrenta ainda outros desafios. Por fugir às práticas do Catolicismo, religião predominante no país, o tarô é estigmatizado, muitas vezes sendo visto como algo perigoso. Isso distorce seu significado, compromete sua relevância e dificulta o acesso a informações confiáveis.
A partir de agora, você poderá conhecer o tarô de outra maneira, desmistificar conceitos e descobrir suas formas de uso.
O que é tarô?
O tarô é uma forma de estruturar padrões que nos conectam como seres humanos. Ao longo da história, passamos por dilemas e situações que são comuns a todas as pessoas. Já reparou como adoramos filmes, séries e novelas? Isso ocorre porque eles refletem circunstâncias da nossa própria vida.
No enredo são trabalhados temas universais, como conflitos, reconciliações ou aquela promoção no trabalho. O tarô também faz isso: ele traduz essas experiências em símbolos e imagens, sendo, ao mesmo tempo, um reflexo da cultura e de você mesma.
Pense em uma série que gosta. Ela conta uma história dividida em episódios, certo? Com o tarô é parecido. Ele é formado por 78 cartas, organizadas em dois grupos: 22 arcanos maiores, que representam etapas marcantes da vida, e 56 arcanos menores, que detalham questões do dia a dia.
Os 22 arcanos maiores funcionam como marcos de uma jornada. Finais inesperados, relações conflituosas e dilemas emocionais são alguns exemplos do que eles podem representar. Apesar de simbólica, a ordem das cartas organiza e integra os ciclos da vida, nos levando a compreendê-los para nosso desenvolvimento.
Conheça em os arcanos maiores:
Já os 56 arcanos menores, são mais diretos e práticos. Eles entram no jogo para aprofundar o que é mostrado pelos arcanos maiores ou aproximar as mensagens do tarô do nosso cotidiano.
Suponha que os arcanos maiores mostraram que você está em um momento de transição, aprendendo a lidar com as circuntâncias instáveis da vida. Os menores podem detalhar como essa mudança afeta você e sua rotina.
Os arcanos menores dividem-se em quatro grupos: ouros, copas, espadas e paus. Cada naipe está associado a um elemento da natureza e a aspectos do ser humano:
Ouros: ligado à terra, simboliza o mundo material.
Copas: ligado à água, reflete emoções.
Espadas: ligado ao ar, representa a mente.
Paus: ligado ao fogo, aponta pra ação.
Essa estrutura facilita o entendimento da conexão entre as mensagens e nossas experiências reais.
Conheça os arcanos menores:
Com o tarô, você dá "zoom out" na vida, como se observasse para uma maquete da sua realidade. Isso permite olhar por novos ângulos, sacar possibilidades e pensar sobre seus sentimentos, pensamentos e atitudes.
Receber as mensagens é uma parte do todo. Se dedicar todo dia em aplicar as orientações é o que faz tudo acontecer. Com o tempo, o comprometimento pode resultar em autoconfiança, direcionamento na vida e fortalecimento emocional.
Além de ser um instrumento prático, o tarô carrega séculos de história. Por isso, sua relevância vai além da tiragem individual: ele reflete como a humanidade enxerga e lida com seus desafios e aspirações. Em outras palavras, o tarô não só ajuda a entender a realidade particular, mas também a vida humana em sua totalidade.
Origem do tarô
Quem criou e quando surgiu o tarô?
A história do tarô é tão interessante quanto enigmática. Sua origem é cercada de teorias que refletem seu caráter diverso e adaptável. Embora existam dúvidas sobre sua exata criação, sabemos que o tarô começou como um jogo, e com o tempo, se enriqueceu com novos elementos, interpretações e significados.
Sua origem aponta para a Itália do século XIV, onde o tarô era conhecido como tarocchi. Naquele período, as cartas não tinham relação mística ou esotérica. Foi apenas no século XVIII que elas receberam essa conotação, graças ao estudioso francês Antoine Court de Gébelin. Ele atribuiu ao tarô simbolismos egípcios esotéricos, influenciando sua adoção pela Cabala e pelo Hermetismo. As escolas passaram a enxergar nas cartas um meio de acessar conhecimentos metafísicos e espirituais.
No início do século XX, Arthur Edward Waite, estudioso do ocultismo, criou um dos decks mais conhecidos e influentes até hoje, o Tarô Tradicional de Waite-Smith. Ele encomendou ilustrações baseadas em sua compreensão simbólica e mística das tradições. As imagens, desenvolvidas pela artista Pamela Colman Smith, foram um marco por seu estilo mais detalhado e acessível.
Paralelamente, por volta de 1910, o psiquiatra Carl Jung começou a explorar suas ideias sobre o inconsciente coletivo, os arquétipos e outros conceitos. A possibilidade de projetar processos inconscientes nas cartas continua a influenciar o uso terapêutico do tarô até hoje.
É fundamental compreender que a tiragem não substitue a terapia ou qualquer outra forma de acompanhamento, a não ser que a mesma profissional seja apta a realizar ambas funções. Terapêutico é o efeito de quem o aborda dessa forma, tudo bem?
Tarô arquetípico
Os arquétipos e as imagens arquetípicas são conceitos relacionados, mas diferentes. Os arquétipos, como descritos por Carl Jung, são padrões universais que habitam o inconsciente coletivo.
Herdados de geração em geração, eles moldam a forma como pensamos, sentimos e agimos em sociedade. Como aparecem em mitos, sonhos e histórias, Jung entendia que isso apontava uma estreita relação com o inconsciente.
Os arquétipos não têm forma definida, mas se manifestam por símbolos, como representações visuais, verbais ou conceituais, que remetem a algo maior. Eles não tem uma relação direta com o que simbolizam, mas são entendidos culturalmente.
Já as imagens arquetípicas, traduzem os arquétipos de maneira visível e palpável, desdobrando ideias abstratas no Herói, na Imperatriz, no Rebelde e mais. Por isso, cada um dos 22 arcanos maiores do tarô reúne diferentes, mas complementares, padrões humanos.
Exemplo: A pomba branca é símbolo da paz. Ela não é a paz em si, mas foi associada a essa ideia em diversas culturas.
Estruturar ideias e princípios universais nos ajuda a entender a totalidade da vida e o nosso papel nisso. Nesse sentido, o que torna o tarô tão potente é a possibilidade de usar essas imagens como pontes entre o inconsciente e o consciente.
Tarô tem religião?
O tarô não pertence a qualquer religião. Ele é um sistema simbólico usado para a reflexão e orientação sobre o que envolve a vida humana, e em alguns casos, prever acontecimentos.
No entanto, a história do tarô se misturou com o esoterismo no meio do caminho, lá pelo século XVIII. Antes disso, as cartas eram usadas somente para entretenimento.
No Brasil, a colonização fez do cristianismo a religião predominante no país, estigmatizando práticas que não pertencem à tradição católica. Ainda hoje, há muitas tarólogas que incluem a esfera espiritual nas suas tiragens de tarô, mas existem outras possibilidades de uso. Autoconhecimento e orientação são exemplos delas.
Outro ponto importante: o tarô não é exclusivo das tarólogas. Ele é muito usado na psicologia para acessar questões inconscientes, e também está no cinema, no teatro, em desfiles de moda. Se repararmos, os arquétipos estão embutidos em cada canto.
Quando o assunto é previsão, é relevante lembrar que o cérebro humano já funciona de maneira preditiva por natureza. Nós somos peritas em "prever o futuro" o tempo todo. Estamos sempre imaginando o que vai acontecer amanhã, na semana ou no ano que vem, não é mesmo? A questão é que fazemos isso de forma automática, sem perceber.
Com o tarô, organizar as ideias e pensar nos possíveis cenários torna essa habilidade mais consciente, estratégica e assertiva. Apesar da explicação lógica, muitas tarólogas utilizam as cartas dentro de práticas espirituais, o que depende da crença e escolha individual de cada pessoa.
Tarô é pecado?
A definição de pecado depende das crenças e valores de cada pessoa, religião e cultura. Ou seja, o que é visto como errado para algumas pode não ter o mesmo significado para outras.
Nosso cérebro tende a buscar respostas simples, como "sim ou não", "certo e errado", ignorando as nuances entre elas. Esse padrão muitas vezes leva a conclusões extremistas. Para quebrar o ciclo automático, é preciso aumentar a consciência sobre nós mesmas, nosso comportamento e a vida. O pensamento crítico é uma ótima forma de treinar o cérebro a pensar além do óbvio e dos extremos.
Assim, a noção de pecado muda conforme a interpretação de mundo de cada um. Embora o tarô não pertença a qualquer religião, seu viés preditivo sempre o associou ao mistério do desconhecido, o que pode ser ameaçador para quem pratica intolerância religiosa.
Enquanto algumas pessoas utilizam o tarô exclusivamente como recurso simbólico, outras adicionam a dimensão espiritual. E, claro, pelo desconhecimento, muitas ainda sentem medo ou repulsa pela prática.
Como funciona o tarô?
O tarô funciona como uma ferramenta de reflexão e orientação, que estimula a análise de uma situação específica ou da sua vida de forma geral. Ele propõe que você observe e pense sobre o que está acontecendo dentro e fora de você. Nisso, as cartas aproveitam para apontar possibilidades despercebidas, balancear prós e contras de decisões e orientar como lidar com tudo da melhor forma.
Para começar, a pessoa que consulta traz o assunto da tiragem (por ex: uma queixa ou uma situação difícil). Com base nisso, a taróloga identifica o melhor formato de leitura para abordar o tema, que nada mais é do que como as cartas serão organizadas na mesa.
Cada estrutura de jogo é mais ou menos adequada para trazer as respostas esperadas. Por exemplo, algumas tiragens são melhores para entender relacionamentos, enquanto outras são ideais para explorar decisões profissionais ou desafios pessoais.
Uma vez definido o formato, as cartas são embaralhadas e dispostas de forma randômica. Cada posição no jogo tem um significado, como “o que está a favor”, “o que dificulta a situação” ou “como é melhor agir”. A taróloga interpreta cada carta considerando quatro aspectos principais:
Significado do arcano.
Posição do arcano no jogo.
Plano a que se refere (mental, emocional, material e espiritual/filosofia de vida).
Tempo (presente, passado ou futuro).
Essa organização possibilita trazer mais assertividade para a tiragem de tarô, considerando que a mesma carta passa diferentes mensagens conforme ela se apresenta no jogo.
E não para por aí: o contexto mora especialmente na conexão entre as cartas. Após interpretar individualmente cada uma, a taróloga analisa o conjunto para construir o cenário pessoal.
O passado e presente são encarados como fatos, e o futuro, como desdobramento potencial. O papel da taróloga é interpretar e costurar as mensagens do tarô, mas quem consulta protagoniza. Isso significa que o tarô não decreta o futuro. Cada decisão é responsabilidade de quem a toma. Escrever em pedra o que ainda não aconteceu ignora o livre-arbítrio e a autorresponsabilidade.
Em resumo, o tarô funciona assim:
A pessoa traz um problema ou queixa para a taróloga.
A taróloga identifica a melhor tiragem de tarô para abordar o tema.
As cartas são embaralhadas e dispostas randomicamente conforme o formato escolhido.
Cada carta é analisada individualmente, respeitando seu significado, posição, plano e tempo.
As cartas são analisadas em conjunto para integrar as informações e construir o contexto.
O tarô orienta como colher o melhor da situação, aponta possibilidades e destaca aprendizados.
Fazer uma tiragem de tarô nem sempre significa ouvir o que queremos ou gostamos. Pontos delicados são, frequentemente, partes da conversa. E são justamente eles que mais nos fazem amadurecer. Por isso, não se trata de uma tiragem ser boa ou ruim. É mais como uma conversa franca sobre você, sem críticas ou julgamentos, e um apoio para achar seu caminho e ter força para seguir por ele.
No fim das contas, o tarô não se trata de prever e controlar a vida, mas de entendê-la individual e coletivamente. Perceber a realidade por novos ângulos expande ideias, desenvolve resiliência emocional e dá maior direcionamento.
O significado das cartas de tarô
Como visto, as cartas de tarô são separadas em arcanos maiores e arcanos menores. Abaixo, você começará a entender melhor os 22 Arcanos Maiores e poderá encaixá-los à sua realidade.
Lembre que cada profissional tem sua visão e forma de trabalho, e cada carta, diversas possibilidades de interpretação. Portanto, não leve a ferro e fogo cada característica descrita. Ao invés disso, procure captar a essência da imagem arquetípica.
O Mago (Arcano 1)
É a energia inicial da manifestação. Quando começamos a entender que é preciso ter iniciativa na vida. Para criar qualquer coisa, é necessário usar as habilidades e ferramentas disponíveis a nosso favor. Criatividade e lógica dão o match perfeito para ser influente.
A Sacerdotisa (Arcano 2)
Na maioria das vezes, pensar antes de falar evita dor de cabeça. Observar na maciota o que realmente está rolando nas situações impede erros e ressacas morais. Cada um tem seu ritmo para digerir as coisas e, por aqui, ele costuma ser lento e gradual.
A Imperatriz (Arcano 3)
Quando damos vida a algo novo, como um projeto ou estilo de vida, saber como cuidar e dar escala a isso é indispensável. Ter jogo de cintura, colaborar com ideias inusitadas e incluir as pessoas envolvidas chamam a atenção e estreitam relações.
O Imperador (Arcano 4)
Você já se perguntou como o ser humano, do nada, começou a inventar nomes para as coisas? A necessidade de nomear, organizar e desenvolver é algo que todas temos. Para construir com bases sólidas e sustentar o que é conquistado, é preciso liderar essa construção. Definir limites, negociar e tomar decisões difíceis estão entre as habilidades.
O Hierofante (Arcano 5)
Para ter subsistência é preciso desenvolver disciplina, se comunicar com diplomacia, e estar alinhada com seus valores. Nossos valores são a bússola que nos guia quando a vida nos confronta com escolhas e renúncias.
Os Enamorados (Arcano 6)
Dúvidas, escolhas, renúncias. Para lidar com elas, precisamos aprender a usar o livre-arbítrio com consciência e bancar as consequências das nossas decisões. Terceirizar essa responsabilidade impede o amadurecimento e, de quebra, freia o desenvolvimento.
O Carro (Arcano 7)
Quem sabe aonde quer chegar, já tá com roupa de ir. Na energia do Carro, o movimento está rolando com determinação. Na força do propósito, a gente encara e supera os obstáculos numa 4x4.
A Justiça (Arcano 8)
Saber avaliar os prós e contras com neutralidade faz parte da vida. Têm dias que só o que precisamos é nos afastar para balancear os lados de uma situação. A imparcialidade vem junto com o pensamento crítico e justo.
O Eremita (Arcano 9)
Sabe quando fugimos pras colinas para pensar? Solitude é a kryptonita que revigora e constrói resiliência emocional. Não adianta passarmos a vida fugindo de quem somos. Aprender com o processo e superar os desafios desenvolve experiência e amadurece.
A Roda da Fortuna (Arcano 10)
A vida é feita de ciclos e não temos controle disso. Muitas vezes, investimos tempo e esforço buscando uma estabilidade ilusória. Todas as pessoas têm dias bons e ruins e precisam lidar com transições. Aprender a viver com e apesar da volatilidade das coisas nos torna mais adaptáveis ao ritmo natural.
A Força (Arcano 11)
A gente mata um leão por dia. A vida é boa e tal, mas sabemos que o corre do dia a dia não é fácil. Para encará-lo, só com malemolência e esforço. Não se trata de força ou jeito, mas da força escondida no jeito. Dominar o que precisa ser dominado internamente desenvolve a autosuficiência e a habilidade de manejo.
O Pendurado (Arcano 12)
O mundo colorido e ideal só existe em dois lugares: na imaginação e no Pendurado. Quantas vezes nos perdemos em idealizações? Permanecemos paradas, lembrando do passado, talvez torcendo para ele voltar. Há momentos que precisamos reconhecer que não há mais o que ser feito para mudar a situação. Em outros, 'acordar para a vida' é necessário para as coisas movimentarem.
A Morte (Arcano 13)
"Lucidez", meu povo. Em muitos momentos, temos dificuldade em aceitar que a mudança depende do nosso próprio esforço, de dentro para fora. Fechar os olhos para isso nos mantém desorientadas, rodando em ciclos, ou até destoando da realidade.
A Temperança (Arcano 14)
A paciência é uma virtude. Talvez a mais difícil delas nos dias de hoje. Aceitar que as coisas nem sempre acontecem quando queremos e aprender a confiar no rumo da vida são as principais lições por aqui.
O Diabo (Arcano 15)
O desejo têm seu valor no jogo da vida. Ele nos mantém na constante busca por algo. Não se trata necessariamente de coisas materiais, mas do desejo inconsciente pela ação. Isso dá força para nos priorizar e suprir nossas necessidades sem vergonha, medo ou culpa.
A Torre (Arcano 16)
Situações inesperadas acontecem, queira a gente ou não. O presente é dinâmico, e forças maiores operam além do nosso controle. Ter a humildade de reconhecer nossa impotência diante da vida torna os tropeços menos abruptos ao longo do caminho.
A Estrela (Arcano 17)
Tenha fé na vida! Por mais turbulenta que seja uma situação, já notou que algo em nós insiste em acreditar em dias melhores? Quantas vezes deixamos a vida fluir para ver como as coisas desenrolam? Olhar o lado bom faz parte de nós.
A Lua (Arcano 18)
Dar as costas para emoções conflitantes não impede que elas nos influenciem e interfiram em nossa vida. Ao contrário, isso dá a elas a chance de agirem na calada da noite. Conhecer a nós mesmas profundamente ilumina o que é desconhecido e ensina a lidar com isso.
O Sol (Arcano 19)
Não adianta negar a vida como ela está. É preciso encarar a realidade, identificando as possibilidades e limites com consciência. O discernimento nos prepara para conviver e compartilhar com transparência e verdade.
O Julgamento (20)
Certas coisas se encaixam no tempo certo, trazendo mudanças e surpresas. Às vezes, passamos tempo questionando acontecimentos que parecem aleatórios ou desconexos para só depois unirmos as peças. Em muitos casos, superar algo depende justamente desse processo.
O Mundo (XXI)
É muito bom se sentir completa, não é? A sensação de que realmente nos bastamos. Nesse ponto, a gente amadureceu e aceitou que a vida muda rápido, desapegando da falsa ideia da permanência.
O Louco (0)
A criança interior, nossa essência ingênua e atentada. Sabe aquela versão livre, curiosa e ousada que surge quando você pode ser espontânea? É o impulso de encarar a vida no peito, brincando com a sorte. Viver com leveza é o movimento que nos mantém firmes no dia a dia, especialmente nos difíceis.
Os 22 Arcanos Maiores não só representam momentos decisivos, mas também mostram como cada fase está interconectada. Compreendendo o significado das cartas, percebemos o tarô como uma forma de espelhar a experiência humana em sua totalidade.
O que tarô pode revelar?
Uma tiragem de tarô pode revelar muito mais do que você espera, desde que as expectativas estejam alinhadas. Ela oferece a oportunidade de observar uma situação em detalhes, confirmando o que você já sabe e revelando novidades.
De forma geral, qualquer dúvida bem elaborada pode ser respondida. A questão é que naturalmente esperamos respostas objetivas como "sim ou não" ou que as cartas decidam por nós. Com o tarô, não funciona dessa forma.
As cartas conversam com você. Como se fosse uma amiga ajudando a organizar pensamentos, pesar prós e contras das situações ou mostrar o que te impede de alcançar um objetivo. São respostas que fazem pensar, entender melhor a vida e seu comportamento diante disso.
O tarô funciona mesmo?
O tarô funciona para o que ele se propõe. As cartas não decretam o futuro nem tomam decisões em nosso lugar, mas apoiam a auto-observação e nos direcionam. Elas mostram novos ângulos sobre o que se passa dentro e fora de nós, integrando as informações e direcionando comportamentos.
Como a terapia ou qualquer outra forma de acompanhamento, o tarô facilita o entendimento de processos internos e da realidade externa, mas seu impacto está diretamente ligado à dedicação de cada pessoa.
Usado de forma responsável, o tarô pode ser a amiga sensata que amplia a visão, quebra padrões e aconselha com imparcialidade, como aconteceu comigo.
Então, devolvo a pergunta: o tarô funciona para você?
Marina Jordão é taróloga, publicitária, pós-graduada em Marketing, gestora de conteúdo e idealizadora do Fundamentarô.
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